Tuesday, July 27, 2010

A pita, esse animal

De origem tradicionalmente abastada, a pita impõe a sua posição no tecido social pela sua banalidade e semelhança com as da sua espécies. De tom de pele moreno até nos meses mais frios, ela é reconhecida a uma distância de 150m pelo tom de voz esganiçado, conversa inútil e referência a todas as do seu grupo na 2ª pessoa do plural. De cabelo apanhado de maneiras diferentes, a pita é incapaz de se manter incógnita ou camuflada devido ao tilintar da sua bijuteria. O seu grande objectivo passa por tentar convencer o máximo número de amigas idênticas a irem consigo passar a época balnear a Albufeira ou a Vila Nova de Milfontes, a fim de trabalharem em conjunto para acastanhar o tom de pele e ingerirem o máximo de vodkas-limão numa noite para procederem depois ao acasalamento com o respectivo macho da sua espécie. Por regra, esse acto acaba com a fatalidade de um ou dos dois, depois da bijuteria da fêmea e da corrente de prata do macho os asfixiar.

Bafo de Onça

Este calor tem que fazer mal a alguma coisa. Se não é aos rins, é ao menisco. Eu como profundo suador e àvido cliente dos transportes públicos de Lisboa, não tenho achado grande piada à perda do efeito do duche apenas 20 minutos depois de ter posto o pé fora de casa. Dá me a ideia que não ajuda muita à relação com os colegas de trabalho. Sugeria então nesse sentido a introdução de borrifadores de água de colónia à entrada e saída dos comboios, metros e autocarros. Acho que deixaria toda a gente mais bem disposta e produtiva. Para além de dar uma oportunidade às perfumarias deste país de entrarem no esquema de marketing de guerrilha dos jornais gratuitos. 'Leia o Destak, cheire a Acqua di Gio'.

Wednesday, July 21, 2010

Provérbios e Frases Feitas do Mundial

- Ladrão que rouba ladrão não é apologista da introdução de tecnologia no futebol.
- Grão a grão ganha a Espanha por 1-0 em todos os jogos.
- Só faz falta quem atinge propositadamente o jogador e não a bola.
- Já cá não está quem não passou a fase de grupos.
- Cão que ladra não joga nada no Mundial, Ronaldo.
- Bonito bonito é a Larissa Riquelme a receber um sms a meio de um jogo.
- Depressa e bem joga o Uruguai.
- Quem tudo quer até de mão marca à Inglaterra.
- A cavalo dado não se olha para a cicatriz do Ribéry que é feio.

Venham mais 23, duma assentada que fica na conta.

Tuesday, July 13, 2010

Bet & Win alia-se ao Zoomarine para investigação de outras espécies de moluscos que prevejam resultados de futebol

E assim chegámos ao fim de mais um mundial que mete bola. Não esquecer que foi o último que a Humanidade teve a oportunidade de assistir, já que, como é bem sabido, o mundo vai acabar em 2012. Acho que os maias nunca acreditariam que o Lula convencesse a FIFA a organizar um mundial no Brasil. Mas os maias também eram mais da petanca e do jogo-do-galo invertido. A única esperança é que os senhores tiveream a decência de acabar o calendário só depois do europeu, lá para Dezembro. Mas antes do Natal. Bolas.

Num mundial onde se falou mais de moluscos e crustáceos do que da não muito espectacular prestação portuguesa, quem acabou por ganhar foi o país da paella. Depois de 2 semanas e tal de luto jornalístico e de uma vontade tremenda de ir de bastão em punho aos estúdios da Sport Tv procurar os senhores que insistiam em fazer piadas com panelas ou frigideiras no fim das reportagens, acabou por se perceber todo o ridículo da questão em torno do polvo. Primeiramente, dar um nome bíblico a um ser estranho que esguincha tinta não é propriamente uma atitude muito católica. É como aquela coisa de dar ao animal de estimação o nome do nosso primo, ou o que queríamos para nós mesmo. Tiago, a chinchila, ou Pedro, ou peixinho dourado. Deus não gosta. Se a isto aliarmos o facto da indústria milionária das apostas desportivas depender agora da alimentação (ou da defecação) de um molusco, percebemos rapidamente que este mundo está de pantanas. Ou de pantallones. A arte e a magia do futebol ultrapassou de vez a barreira mamífera. Have a C (piada estritamente musical).