Monday, November 14, 2005

Fundilhas

Sempre achei importantíssimo haver uma boa tradução nos filmes de todos os géneros. Tendo começado hoje a 'Semana de filmes eróticos e pornográficos, tanto com grande orçamento ou caseiros, com situações para todos os gostos' aqui na escola de cinema, não consegui pensar noutra coisa durante o dia todo. Dirigi-me primeiro à sala B14, para começar o dia (às 9h da manhã) com o grande êxito da antiga Jugoslávia, 'Segrega Sémen' (conhecido por muitos apenas como SS), uma das mais importantes referências videográficas sado-maso da última década. Com muita sorte, o filme não era dobrado mas sim com legendas (em polaco o que não mudou grande coisa). Saí da sala com um enorme apetite para fritos e com a cabeça a remoer qualquer coisa, para além de farturas. Cheguei à conclusão que o povo português está ainda anos-luz atrás do resto da Europa no que diz respeito aos filmes malandros. Não sei se sou o único, mas faz-me imensa impressão o facto de que quando oiço espanhol a minha cabeça me levar para lugares mais íntimos e obscuros. No outro dia estava a ouvir um amigo de Valência a falar ao telefone com a mãe, e a única coisa que ele dizia (na minha cabeça) era sim, gostas delas quentinhas, queres com mais força, apanha-lo e rodopia. Achei muitíssimo perturbador quando ele me interrompeu na casa de banho, perguntando porque é que eu estava com cara de parvo enquanto ele dava o NIB da sua conta à mãe, para uma transferência bancária. Acho que sou filho de uma geração contaminada pelo canal 18, Viver, Íntimo, como o queiram chamar. Penso que as minhas capacidades linguísticas são hoje muito menos do que poderiam ser, e a culpa é toda da TV Cabo. Proponho fazermos alguma coisa em relação a isto. Porque não exigir a legendagem dos filmes soft e hardcore que passam na tv portuguesa, na nossa televisão. Pensem no que isto pode mudar a nossa vida e a dos nossos filhos. Nunca mais passaremos pelo incómodo de iniciar uma conversa com uma mulher espanhola com o termo 'arregáça-mos' (poupando assim um escândalo internacional), e nunca mais teremos que ouvir aquelas dobragens manhosas, que mandam os berros cruciais na altura em que os actores estão de boca fechada ou cheia. Se conseguirmos tal proeza, estaremos sempre sincronizados com os verdadeiros gemidos e exclamações, sejam eles em francês, inglês ou servo-croata. Se todos os outros filmes são legendados e mantidos na versão original, porque não fazê-lo também nos filmes que mais importam, os que todos nós vemos, que nos ajudam e educam a sermos pessoas dignas, seres humanos respeitáveis. Tenho dito.

Monday, November 07, 2005

Mail

" Eu não costumo reenviar este tipo de email por serem
alarmistas e muitas vezes infundados, mas este
parece-me genuíno, por isso cá vai:
"Tenham muito cuidado ao parar nos semáforos onde
estão aqueles malabaristas com fogo. Enquanto o
condutor está a assistir ao espectáculo, outro
malabarista vem por trás e atira um cocktail molotov
para dentro do carro! O motorista, assustado e com o
carro em chamas, sai desesperado.
Nesse momento, surge um terceiro malabarista, que vem
pela direita e manda um chimpanzé amestrado para
dentro do carro, com um fato com isolante térmico.
Este chimpanzé, treinado na cidade do Cairo e
alimentado com damascos gigantes da Nova Guiné,
rouba-lhe o auto-rádio e tudo o que houver dentro do
automóvel.
Enquanto isso, dois falcões peruanos de caça fazem
voos rasantes sobre a cabeça do condutor lançando
bostas volumosas e compactas que acabam por distrair o
condutor do que está a acontecer dentro do carro!
Quando o chimpanzé volta, eles fogem numa trotinete
motorizada verde musgo, fazendo uma pirâmide humana e
cantando "Eu tenho 2 amores" do Marco Paulo, rumo a
outro sinal... " O marido da prima da vizinha da
cunhada da tia de um amigo de um amigo meu, passou por
sso, e eu então resolvi reecaminhar.
E mais:
Passa a todos os teus contactos de mail! Se não o
fizeres dentro de 5 minutos cai-te um braço, apanhas
herpes por baixo das unhas dos pés, cancro nos dentes
e o teu telemóvel deixa de funcionar!!!! "

Não tenho a certeza da autoria deste belo poema, e o autor deve querer permanecer no anonimato. Para todos os efeitos, foi o Pedro Luis Barros, que come pudim à garfada (apanhei-te)